19 de nov. de 2008

Assim nasceu um imperiano...anos atrás...


Desde que me entendo por gente, convivo com uma gente carnavalesca... Mãe, tias, primos, vizinhos...
Já me fantasiei de palhaço, águia(?), Tio Sam, índio, pirata, bruxa, carrasco, clovis...
Muita matinê...muita marchinha (aliás, amo até hoje marchinas >>Máscara negra, Bandeira branca, Cabeleira do Zezé, Jardineira... me deu saudade, agora, das matinês nos clubes...confetes, serpentinas, brincadeiras, fantasias....muita saudade!!!!).
Um grupo de vizinhos sempre desfilava no Bohêmios de Irajá (que já foi um grande bloco) que ainda existe, sem o brilho d'outrora...e eu só os via passar com suas roupas vermelhas e brancas...Uma famíla vizinha, da casa da frente, todo ano saía junto, todos fantasiados de verde e branco...às vezes com chepéu de palha ou detalhes em prata... juntos, numa festa que só de relembrar, durante a escritura deste texto, as imagens me vêm à cabeça...Até que um dia, no carnaval de 1982, fizeram uma bruta festa. Eu nem entendia direito do que se tratava. Só sei que cantavam sem parar um samba que acabou se tornando um grande clássico: enredo clássico, samba clássico e desfile clássico. Comemoravam a vitória imperiana com BUMBUM PATICUMBUM PRUGURUNDUM. (foto do desfile)
E todo ano era aquela gente de verde...e hoje eu é que vou de verde e branco, feliz, vibrar e às vezes sofrer, com meu Império Serrano.
O samba supracitado é tão fantástico que se prestaria com plena autoridade a uma crítica do carnaval de hoje...Para quem não se lembra...aí está a composição:

BUMBUM PATICUMBUM PRUGURUNDUM
(Aluísio Machado)

Bumbum paticumbum prugurundum
O nosso samba minha gente é isso aí, é isso aí
Bumbum paticumbum prugurundum,
Contagiando a Marquês de Sapucaí (Eu enfeitei )

Enfeitei meu coração (enfeitei meu coração )
De confete e serpentina
Minha mente se fez menina
Num mundo de recordação
Abracei a coroa imperial, fiz meu carnaval,
Extravasando toda a minha emoção
Óh, Praça Onze, tu és imortal
Teus braços embalaram o samba
A sua apoteose é triunfal
De uma barrica se fez uma cuíca
De outra barrica um surdo de marcação

Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas o samba ficou assim
Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas o samba ficou assim

E passo a passo no compasso o samba cresceu
Na Candelária construiu seu apogeu
As burrinhas, que imagem, para os olhos um prazer
Pedem passagem pros moleques de Debret
As africanas, que quadro original
Iemanjá, Iemanjá, enriquecendo o visual( Vem meu amor)

Vem, meu amor, manda a tristeza embora
É carnaval, a folia, neste dia ninguém chora

Super Escolas de Samba S/A
Super-alegorias
Escondendo gente bamba
Que covardia!


Por hoje é isso...até a próxima.
Bjoks do Juninho!

Meu propósito...


Olá...hoje estou apenas me apresentando...Sou um amante do carnaval carioca, em especial dos desfiles de escolas de samba. Estudo o assunto desde o início dos anos 90 e tenho um bom acervo de textos, sambas e desfiles. E me proponho, neste fotolog, a revirar meu baú e falar sobre desfiles que me marcaram...sambas que me marcaram...situações que me marcaram. Tudo envolvendo a Avenida Marquês de Sapucaí (Sambódromo do RJ) desde a sua inauguração. Na verdade, envolvendo os meus carnavais e, neste contexto, minhas memórias da Sapucaí...rs. Não é história...apenas memórias...Espero que vocês leiam e gostem...Participem e comentem. Minha pretensão é renovar este fotolog semanalmente. Até a semana que vem!


SEJA BEM VINDO(A)!!!


Elidio Jr.