18 de dez. de 2008

Olhai por nós!


A rainha da Passarela do Samba: Beija Flor de Nilópolis... A grande Campeã do sambódromo...indiscutivelmente brilhante! Muitos títulos incontestáveis, alguns contestáveis... Muitos vices que deveriam ser títulos... Enfim, uma escola que é um diferencial de qualidade. Componentes imbuídos de seu dever, fantasias de requinte que beira o exagero, alegorias de um acabamento primoroso... Elementos que transformaram essa escola se samba em um marco dos anos de sambódromo. Grandes nomes marcaram presença: Joãozinho Trinta, Maria Augusta, Milton Cunha e agora uma comissão de carnaval sob a batuta e o apito de Laíla. Dentre tantos êxitos da escola de Nilópolis, optei por destacar um vice-campeonato...rsrsrss


Não é ironia, não!...é pela genialidade criadora.


A foto deste 'post' já é reveladora e diz mais do que eu, com minhas palavras, posso dizer...


Na verdade, creio que a proibição da imagem de um Cristo esfarrapado, Mendigo, cercado de mendigos acabou por enriquecer ainda mais o discurso.


Observem a foto e tirem suas conclusões.


Só queria também destacar alguns utros carnavais da Beija-Flor que sempre me lembro:

1. O mundo é uma bola - debaixo de chuva torrencial, Sambódromo cheio dágua (literalmente) e a escola deu um show!

2. Margareth Mee - que visual chique!!!

3. Aurora do povo brasileiro - Um samba fantástico e uma comissão de frente das melhores qeu já vi!...um desfile muuuito bem plenejado e executado!

4. A saga de Agotime - me arrepiei várias vezes assisntindo àquele deslumbramento...


Curiosamente não falei de nenhum título da escola...rsrsrs...



Saudações imperianas.

Yes, nós temos Mangueira!


A cultura de um povo deve ser sempre muito valorizada. Por isso, independente de gostares, de torcidas, de gostos cromáticos, há de se respeitar a Estação Primeira de Mangueira. Usando seus versos de uns anos atrás, ela simboliza o samba, é união de gente bamba, onde desabrocham tantas flores! A velha Manga já nos brindou com fabulosos desfiles, fabolosos enredos... Pena que nem todo bom enredo resultou um grande desfile... Os doces bárbaros, Chco Buarque, Dom Obá, As rendeiras do universo, Chiquinha Gonzaga, Drummond, Caymmi...sua própria história... Uma escola que nos deu Cartola, Nelson Sargento, Nelson Cavaquinho e que abraçou Chico, Alcione, Bete Carvalho não é pouca coisa. Uma velha guarda que impõe respeito. Só lamento quealguns novos diretores tenham desvirtuado e sujado esses louvores!...MAs isso não me interessa... Estou a qui para render minha homenagem a esta brilhante agremiação, uma Escola de Samba na essência da expressão...
E para isso, me recordo do primeiro ano de Passarela do Samba...
Yes, nós temos Braguinha!!!!
Um samba lindo!...um desfile impecável...DOIS TÍTULOS em um ano!!!...Campeã e Supercampeã!...O homenageado feliz ao ver sua vida e obra cantada (foto)... E o grande final: o desfile de volta!...a Escola chegou à praça da Apoteose (naquela época as escolas tinham que evoluir na praça, que não tinha cadeiras!!!)...deu seu show e, não satisfeita, retornoi pela passarela cantando seu hino de louvor a um gigante de nossa cultura. Braguinha mereceu!...Nós agradecemos...
YES, NÓS TEMOS BRAGUINHA
Vem...Ouvir de novo o meu cantar (sobre a Mangueira)
Vem ouvir as pastorinhas
A luz de um pássaro cantor
Yes nós temos braguinha
Bela época
Quando o poeta floresceu
Oh! meu rio
Então cantando amanheceu
Num fim de semana em Paquetá
Ouvi Carinhoso, amei ao luar
Laura... que não sai da minha mente
Morena a saudade mata a gente (bis)
Hoje tem fogueira
Viva são joão
Mané fogueteiro
Vai soltar balão
Carnaval!
O povo vibra de alegria
Ao cantar a tua poesia
Será que hoje tudo já mudou
Onde andará o arlequim tão sonhador?
Chora pierrô, chora
Se a tua colombina foi embora
Canta!
A mulata é a tal
Salve a lourinha
Dos olhos claros de cristal
É no balancê-balancê,
Eu quero ver balançar
É no balanço que a Mangueira vai passar (bis)
Saudações imperianas...

19 de nov. de 2008

Assim nasceu um imperiano...anos atrás...


Desde que me entendo por gente, convivo com uma gente carnavalesca... Mãe, tias, primos, vizinhos...
Já me fantasiei de palhaço, águia(?), Tio Sam, índio, pirata, bruxa, carrasco, clovis...
Muita matinê...muita marchinha (aliás, amo até hoje marchinas >>Máscara negra, Bandeira branca, Cabeleira do Zezé, Jardineira... me deu saudade, agora, das matinês nos clubes...confetes, serpentinas, brincadeiras, fantasias....muita saudade!!!!).
Um grupo de vizinhos sempre desfilava no Bohêmios de Irajá (que já foi um grande bloco) que ainda existe, sem o brilho d'outrora...e eu só os via passar com suas roupas vermelhas e brancas...Uma famíla vizinha, da casa da frente, todo ano saía junto, todos fantasiados de verde e branco...às vezes com chepéu de palha ou detalhes em prata... juntos, numa festa que só de relembrar, durante a escritura deste texto, as imagens me vêm à cabeça...Até que um dia, no carnaval de 1982, fizeram uma bruta festa. Eu nem entendia direito do que se tratava. Só sei que cantavam sem parar um samba que acabou se tornando um grande clássico: enredo clássico, samba clássico e desfile clássico. Comemoravam a vitória imperiana com BUMBUM PATICUMBUM PRUGURUNDUM. (foto do desfile)
E todo ano era aquela gente de verde...e hoje eu é que vou de verde e branco, feliz, vibrar e às vezes sofrer, com meu Império Serrano.
O samba supracitado é tão fantástico que se prestaria com plena autoridade a uma crítica do carnaval de hoje...Para quem não se lembra...aí está a composição:

BUMBUM PATICUMBUM PRUGURUNDUM
(Aluísio Machado)

Bumbum paticumbum prugurundum
O nosso samba minha gente é isso aí, é isso aí
Bumbum paticumbum prugurundum,
Contagiando a Marquês de Sapucaí (Eu enfeitei )

Enfeitei meu coração (enfeitei meu coração )
De confete e serpentina
Minha mente se fez menina
Num mundo de recordação
Abracei a coroa imperial, fiz meu carnaval,
Extravasando toda a minha emoção
Óh, Praça Onze, tu és imortal
Teus braços embalaram o samba
A sua apoteose é triunfal
De uma barrica se fez uma cuíca
De outra barrica um surdo de marcação

Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas o samba ficou assim
Com reco-reco, pandeiro e tamborim
E lindas baianas o samba ficou assim

E passo a passo no compasso o samba cresceu
Na Candelária construiu seu apogeu
As burrinhas, que imagem, para os olhos um prazer
Pedem passagem pros moleques de Debret
As africanas, que quadro original
Iemanjá, Iemanjá, enriquecendo o visual( Vem meu amor)

Vem, meu amor, manda a tristeza embora
É carnaval, a folia, neste dia ninguém chora

Super Escolas de Samba S/A
Super-alegorias
Escondendo gente bamba
Que covardia!


Por hoje é isso...até a próxima.
Bjoks do Juninho!

Meu propósito...


Olá...hoje estou apenas me apresentando...Sou um amante do carnaval carioca, em especial dos desfiles de escolas de samba. Estudo o assunto desde o início dos anos 90 e tenho um bom acervo de textos, sambas e desfiles. E me proponho, neste fotolog, a revirar meu baú e falar sobre desfiles que me marcaram...sambas que me marcaram...situações que me marcaram. Tudo envolvendo a Avenida Marquês de Sapucaí (Sambódromo do RJ) desde a sua inauguração. Na verdade, envolvendo os meus carnavais e, neste contexto, minhas memórias da Sapucaí...rs. Não é história...apenas memórias...Espero que vocês leiam e gostem...Participem e comentem. Minha pretensão é renovar este fotolog semanalmente. Até a semana que vem!


SEJA BEM VINDO(A)!!!


Elidio Jr.