15 de abr. de 2009

A mídia me fez assim...


Ser ou não ser um gênio...eis a questão..
João trinta verticalizou os desfiles das escolas de samba com a sua Beija Flor dos anos 70/80. Uma inovação que marcou em absoluto a estética dos desfiles. Criou sem limites...enredos, fantasias, alegorias apinhadas de gente.
Uma personalidade muito controversa que gerou muitos debates...
Mas que construiu desfiles geniais que marcaram época.
Sua ausência no sambódromo ainda deixa uma lacuna não ocupada.
Não que não existissem outros grandes criadores na festa de Momo...Lage, Rosa, Max...três grandes nomes que seguem suas produções de grande qualidade estética e narrativa.
Mas ousar como João na busca de novas soluções, raramente...
João era um cientista do samba carioca. Criava, inventava, errava por vezes, acertava por outras...Muito do que se vê hoje deve-se a ele...
Mas o tempo passa...
E a obra fica...
Hoje há outro nome que gera muitas discussões: Paulo Barros.
Uma pessoa que apareceu com seus carros coreografados que acabaram se tornando quase que uma regra em termos de desfile. Muito ele critica da mesmice (segundo ele) dos desfiles de escolas de samba e se louva de suas inovações...
E é aí que entram as críticas...
Muitas coreografias em nada se relacionam com o enredo!...E mais...a mesmice que ele critica parece já ter se abatido sobre o próprio Barros. Ou alguém duvide de que encontraremos em 2010, na Tijuca (sua nova-velha escola), carros sendo desmontados e montados pelos componentes?... E carros com gente entrando e saindo??...Sua ‘genialidade’ vem se repetindo desde seu primeiro trabalho na própria Tijuca.
Não sei se considero Barros um gênio...Acho ele muito criativo, sim!... Mas gênio?...Sei lá...me parece mais um produto da mídia para vender o produto escolas de samba...
Mas sabe o pior de tudo?
Ele acredita!

OBS: só não odemos esquecer de que as teatralizações em carros e alas começaram na Beija-flor dos fins dos anos 80...e na comissão de frente na Imperatriz com Fábiod e Melo e Rosa Magalhãs...bem antes de Paulo ‘existir’.

Até a próxima!